Como parte do compromisso do projeto InCASA para criar um Caminho de Santiago verdadeiramente inclusivo, as organizações parceiras realizaram grupos focais para recolher perspetivas valiosas de especialistas e pessoas com deficiência. Estes grupos focais tiveram como objetivo identificar desafios, necessidades e boas práticas que informem o desenvolvimento das ferramentas do projeto, incluindo a Compass Web App e a plataforma Journey Blueprint.
Atividade e Objetivos:
Parceiros de Espanha, Polónia, Portugal, Roménia e Eslovénia organizaram discussões em grupo com especialistas, incluindo pessoas com deficiência, cuidadores, animadores de juventude e outros profissionais. Estas sessões proporcionaram um espaço para partilha de experiências, identificação de obstáculos e recolha de recomendações para tornar o Caminho de Santiago mais inclusivo.
Principais Conclusões:
- Obstáculos Principais: Os participantes identificaram diversos obstáculos enfrentados por pessoas com deficiência, incluindo barreiras físicas (como percursos e instalações inacessíveis), desafios sensoriais (falta de sinalização visual e auditiva) e dificuldades cognitivas (sobrecarga de informação e falta de orientações claras). Foram também mencionados obstáculos sociais, como a falta de apoio e de sensibilização.
- Acomodação das Necessidades: Foi destacada a importância de alojamentos acessíveis, com características como pisos nivelados, elevadores funcionais e casas de banho adaptadas. A comunicação clara, linguagem simples e recursos visuais foram apontados como essenciais para pessoas com limitações cognitivas ou auditivas. Considerou-se fundamental o acesso a informações detalhadas sobre os percursos, incluindo distâncias, pontos de água e áreas de descanso.
- Benefícios do Caminho: Os participantes salientaram os inúmeros benefícios do Caminho de Santiago para pessoas com deficiência, incluindo crescimento pessoal, aumento da autoconfiança, melhoria da saúde física e mental, interação social e enriquecimento cultural. Destacaram também o potencial para o empoderamento e o desenvolvimento de novas competências.
- Boas Práticas e Recursos: Os grupos focais identificaram boas práticas para organizar experiências inclusivas no Caminho, como um planeamento prévio rigoroso, comunicação clara e utilização de ferramentas e recursos acessíveis. Foram recomendados recursos como aplicações de viagem acessíveis, listas de verificação personalizáveis, fóruns online e websites específicos que oferecem apoio e informações úteis.
Em suma, os relatórios dos grupos focais sublinham a importância de enfrentar os desafios de acessibilidade para proporcionar uma experiência do Caminho de Santiago mais inclusiva e enriquecedora para todos.